​Andar de bicicleta com frio
O frio chegou e com ele a necessidade de se adaptar para manter os passeios, treinos ou deslocações confortáveis. Siga os nossos conselhos para pedalar ao frio.

O frio chegou e com ele a necessidade de se adaptar para manter os passeios, treinos ou deslocações confortáveis. Para enfrentar o frio em cima de uma bicicleta, seja por diversão ou como meio de transporte, é preciso adaptar as suas roupas e métodos de “ciclista”.

  • Roupa em camadas – Usar várias camadas de roupa ajuda a controlar a temperatura do corpo. Quando o tempo arrefece acentuadamente, o ideal é utilizar pelo menos três camadas de roupa: a interior (base), a intermédia e a de “fora”. Normalmente, a interior é feita de tecido transpirável e é bem justa ao corpo. A intermédia deverá ser uma sweatshirt com fecho à frente. A de “fora” deverá ser um bom colete ou corta-vento. Usar a roupa em camadas permite que o ar entre elas funcione como isolante térmico e os fechos no corta-vento e na sweatshirt ajudam a ajustar a temperatura.
  • Base/ interior – Existe roupa justa, tipo segunda-pele, específica para ciclistas, feitas com tecidos que mantêm o calor e reduzem a humidade. Se não quiser investir, uma segunda pele feita de fibra sintética faz o mesmo efeito porque o nylon é resistente e absorve muito pouca humidade. Tenha sempre em conta a espessura do tecido e o tipo de manga (cava, curta, comprida). O objectivo é escolher aquela que mais se adequa ao tipo de “pedalada” que pratica, evitando tecidos que retenham o suor para que este não arrefeça o seu corpo.
  • Corta-vento – A velocidade em bicicleta aumenta significativamente a sensação de frio. Com uma temperatura exterior de 10 °C, a 25 km/h, a temperatura sentida será de 7 °C. Uma barreira corta-vento limita as entradas de ar no interior do produto e reduz a perda de calor. Por isso, mesmo com muita roupa, se não vestir um corta-vento, vai sentir frio. Os corta-ventos são leves, compactos e podem ser transportados em qualquer sítio. Ao contrário da segunda-pele, vale a pena investir num modelo especifico que terá extensores para a coluna. O tecido permite ventilações debaixo dos braços e nas costas para eliminar a transpiração. Na grande maioria dos casos também é repelente de água.
  • Bonés, lenços, gorros e golas – A cabeça é uma das partes do corpo que mais perde calor. Por isso, mantê-la aquecida é uma boa forma de evitar o frio. Deverá optar pelo modelo que for mais prático de guardar, caso a pedalada aqueça. Se sofrer de sinusite use uma gola, de forma a manter o ar quente e húmido.
  • Pernas e mãos – No caso das luvas escolha modelos específicos para ciclistas. Se sentir dores nos joelhos use umas joelheiras mesmo que sinta um pouco de calor a mais. É melhor preservar as suas articulações.
  • Organização do espaço na bicicleta – No inverno é possível fazer algumas modificações na bicicleta para ganhar espaço. Ao substituir o suporte da garrafa de água por uma caixa “tipo porta-ferramentas” ganha espaço para transportar algo que é muito importante: a alimentação.
  • Alimentação e hidratação – No tempo frio, para além da energia gasta a pedalar, o corpo precisa de mais calorias para se manter aquecido. Uma alimentação cuidada é extremamente importante para evitar a sensação de desmaio por falta de alimento. O frio contribui para diminuir as defesas do sistema imunológico. Nesta altura é essencial aumentar o consumo de “gorduras boas” para além dos tradicionais hidratos de carbono. Não se esqueça de comer qualquer coisa de 30 em 30 minutos se estiver a pedalar há mais de duas horas. Aproveite a fruta da época: coma castanhas – além de saborosas, são poderosas armas energéticas (ricas em hidratos de carbono e água) – e outros frutos secos. Se é ciclista a sério consulte um nutricionista para elaborar um menu especial.  Na nossa rede de bem-estar encontra nutricionistas prontos para o ajudar: https://rnamedical.pt/pt/redes-rna-medical/. Apesar de no inverno ingerirmos menos água do que no verão, não podemos negligenciar a ingestão de líquidos. O tempo frio e seco faz-nos perder muita água. Tente beber menos 33cl (garrafinha) de água por hora de pedalada. Se quiser perceber se está ou não a ingerir líquidos suficientes, esteja atento à cor da sua urina, se estiver muito amarela deve beber mais água.
  • Aquecimento – Antes de iniciar a marcha lembre-se de fazer “o” aquecimento. Com o frio a probabilidade de se lesionar aumenta exponencialmente. Há vários exercícios que pode fazer, mas por regra comece a pedalar devagar e acelere gradualmente até atingir uma intensidade moderada. Vá aumentando a rotação das pernas e faça 2 ou 3 RPM (exercícios cardiovasculares e pequenos tiros de intensidade). Demorará cerca de 20 minutos, mas poupará muitas dores e possíveis lesões.
  • Evite transpirar – Num dia frio, subir uma montanha e sentir a temperatura do corpo a aquecer pode parecer um bom desafio. Não se iluda. A produção de suor vai fazer com que fique com o corpo molhado. Se na subida tem frio, na descida vai estar a “morrer” de calor. Antes de sair de casa, se for subir montanhas, ou a Calçada da Graça, lembre-se de usar roupa transpirável (seca rapidamente) que mantenha o nível de humidade no corpo. Na descida, deve inclinar o corpo para a frente e manter uma posição aerodinâmica (a melhor que consiga). Assim desce mais depressa e evita “levar” com o ar no peito, o que o protege da diminuição da temperatura corporal. Se saiu sem saber o que o espera, opte por levar um jornal para manter o corpo aquecido. Vá colocando entre as peças de roupa uma folha de jornal e verá o quanto vai aquecer. Mais uma vez, evite transpirar.
  • O ideal é recorrer a uma boa loja de artigos desportivos e equipar-se a rigor. A nossa rede RNAMedical possui acordos com várias lojas da especialidade, onde pode obter bons descontos. Procure em: Redes RNA MEDICAL – Tipo de rede: Rede Desporto. https://rnamedical.pt/pt/redes-rna-medical/.

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